23 de novembro de 2009

As vezes fechamos os olhos e nos entregamos a sorte ..........


As vezes fechamos os olhos e nos entregamos a sorte ..........
Pensando em escolhas ... fazemos de tudo para escolhermos um caminho de forma mais ou menos consciente, mais ou menos influenciada por algo que não nós ... e de repente notamos que estamos num outro caminho e que não é possível regressar à encruzilhada onde optámos porque o tempo a dissolveu...
Lugares perigosos, as encruzilhadas.
Nas encruzilhadas não se pode ficar parado e lá é onde os deuses repousam. Por isso às vezes fechamos os olhos e entregamos os pés à sorte...
O tempo separa as pessoas muito mais do que o espaço porque o espaço é solúvel e o tempo não.
E agora, o que fazer com as horas?
As antigas certezas não são assim tão certas e já não servem para nada. O aqui e agora está sempre a mudar e o prazer não se consome.
Até quando desaparecem, as pessoas desaparecem para algum lado. Mesmo as que não têm para onde ir...
E há aquelas que fogem e deixam partes de si para trás, partes que se atrasam de propósito e demoram a chegar. E de repente dão por si no hall de entrada de um mundo que nem chegam a reconhecer.
Devia ser possível guardar o prazer em cofres dos quais só nós conhecemos a combinação, em gavetas secretas que mais ninguém sabe onde ficam...
Em caixas bem seladas que só nós sabemos abrir, e que prometemos só abrir quando desejarmos mesmo voltar a sentir o prazer...
E nunca deixar que ele ande solto por aí, ainda que ele não se consuma !!



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